Depois de anos e anos a falarmos vezes sem conta em disrupção, transformação e outros substantivos “marketeiros” quejandos, estafando-os de sentido e tornando-os um pouco sensaborões, eis que chegou uma pandemia e tudo mudou… mesmo. Pelo menos, no que respeita ao comportamento do consumidor. E, apesar do desconfinamento em curso, há tendências que entraram pelas nossas casas sem pedir licença e que, agora, dificilmente vão querer sair. Pior, nós também não o queremos. Tudo começou com o teletrabalho e a necessidade de fazer compras de supermercado online, mas cedo passou para a telescola, os webinars, as trocas de mensagens e piadas com familiares e amigos e as aulas de Ioga ou Pilates virtuais. Seja em formato de compra, tipo de produtos e serviços ou setores de atividade, a Covid-19 veio alterar profundamente comportamentos e estilos de vida. E como ainda não sabemos quantas mais vagas aí vêm, e com que intensidade, os próximos tempos mantêm-se de incerteza e de permanente busca por segurança – física e digital. Ora, é esse o novo ambiente a que as marcas estão sujeitas, um mundo de “do or die” onde ou fazemos ou desaparecemos. Simples. Aliás, mesmo os negócios que já tinham o canal digital como uma fonte crescente de receitas, agora é tempo de baralhar e dar de novo com propostas de consumo seguras, eficientes e, mais do que nunca, diferentes e inesperadas. O novo modelo de Venda de Livre Serviço da Leroy Merlin ou o Menu Autênticoda Super Bock são bons exemplos do que se vai fazendo para manter o consumidor onde deve estar: no centro de tudo o que fazemos, fidelizado e satisfeito. Mas há mais, muitos mais casos de boas práticas. O futuro está já aí ao lado.
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