A comunicação que se segue: autêntica e proativa, mas com limites

A grande preocupação das empresas neste momento passa por manterem-se vivas, visíveis e relevantes. A incerteza do momento tem-se refletido nas estratégias de relações públicas das marcas, subitamente forçadas a adaptar-se e a apostar em abordagens mediáticas diferentes do business as usual. Um esforço adicional, mas absolutamente necessário em tempos que se avizinham historicamente difíceis. A prioridade passa agora por manter próximos e envolvidos os nossos públicos e atender às suas necessidades com uma comunicação transparente, proactiva e pertinente. As redes sociais e o marketing digital são, sem dúvida, um dos grandes aliados do momento, já que permitem a qualquer negócio criar uma ligação fluida, contínua e útil com as audiências – particularmente eficaz se assentar em conteúdo com o potencial para entreter, educar e inspirar. Aqui vão alguns exemplos de campanhas a seguir: a Listening Together do Spotify, que celebra o poder do áudio na união das pessoas; a da Durex: Let’s Not Go Back to Normal, que apela a que “não voltemos ao normal, porque o normal não era bom o suficiente”; ou a #ImStayingHome da IKEA em que, “agora, mais do que nunca, não há nada como ficar em casa para contemplar as nossas vidas”. Sem dúvida, espera-se hoje das marcas uma capacidade de antecipação e flexibilidade nas respostas a dar aos seus clientes e públicos-alvo, sempre com verdade, autenticidade e envolvimento. Porém, é crucial não inundar ou tentar forçar a nossa verdade, tanto aos primeiros como ao mundo que nos rodeia. Como diria o arquiteto Mies van der Rohe ou o simples bom-senso, menos é (habitualmente) mais.

Photo by Josh Rose on Unsplash

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